Controles Internos, Governança Corporativa e Gestão

Toda empresa, através do seu presidente e dos seus gestores, deve obrigatoriamente construir e implantar um sistema de controles internos, devidamente formalizado, visando salvaguardar o seu patrimônio, sua continuidade e, consequentemente, sua existência.
A implantação e a manutenção do sistema de controles internos permitirão o adequado e seguro funcionamento da empresa, garantindo a integridade das suas operações e que essas estarão devida e eficientemente controladas, sendo a sua melhor proteção operacional. Independentemente do seu tamanho, regime tributário, se pertence ou não ao mercado de capitais ou se é ou não obrigada pelas legislações pertinentes a regras nos controles.
Muitas empresas acabam ficando pelo caminho, fechando as suas portas, em decorrência das ações de alguns colaboradores, seja por desvios de recursos em benefício próprio ou em conluio, ou por erros involuntários ou imperícias no desenvolvimento das operações. Tudo isso gera desperdícios e até decisões erradas, com prejuízos ao seu desempenho devido a perdas operacionais e financeiras, às vezes irrecuperáveis, que acabam por comprometer a sua continuidade.


Assim, o sistema de controles internos deve documentar todos os procedimentos e a organização dos fluxos operacionais e financeiros da empresa, com previsão de emissão permanente de relatórios e análises, que evidenciarão e refletirão a situação das suas operações. Deve-se ainda prover manuais de procedimentos dos processos, definição das responsabilidades, segregação de funções e atividades, quadro de alçadas para as decisões, utilização do ERP(*) como instrumento de segurança nos processos, qualificação dos colaboradores, auditorias internas e, periodicamente, contratar uma empresa de auditoria independente para fazer uma avaliação de riscos dos processos e dos negócios, muito comum hoje em dia.
As empresas de auditoria, com base em seus programas de trabalho, critérios de testes em função da avaliação dos controles internos e cumprimento às exigências legais, têm um arsenal de procedimentos e estão devidamente preparadas para validarem os fluxos e processos de uma organização.
Os gestores devem avaliar o sistema de controles internos em intervalos regulares, com o objetivo de garantir a sua confiabilidade. Para isso, precisam revisar e avaliar a eficiência, a adequação e aplicação dos controles contábeis, financeiros e operacionais, o que lhes garantirá que as políticas, procedimentos e planos estabelecidos estão sendo rigorosamente cumpridos.
Os controles internos não devem se basear nas pessoas, ou seja, eles devem ser implantados e ter o seu funcionamento garantido, independentemente dos profissionais alocados nas atividades. Eles, porém, com seu talento, experiência, qualificação, disciplina, disposição e liderança, poderão fortalecer ainda mais os processos, claro que seguindo sempre os protocolos e regras para um bom ambiente de controle interno organizacional.
Um sistema de controle interno eficaz torna-se o principal aliado e a base para a prática de uma boa governança corporativa, em que as preocupações relevantes são a responsabilidade, sua total transparência, ênfase na segurança financeira e operacional, cumprimento das legislações (locais e aderência às internacionais, como a lei Sarbanes-Oxley), relacionamento externo à empresa acontrolesinternos(sindicatos, mercado acionário, bancos, instituições de fomento, governos) e confiabilidade nos controles internos para as decisões e condução dos negócios.
Portanto, um controle interno eficiente somado a uma governança corporativa responsável, seguindo ambos os devidos protocolos legais e da boa prática, permitirão o exercício da excelência na gestão, e assim poderão dar condições éticas, estratégicas, financeiras, econômicas e operacionais para o sucesso e a perenidade da empresa.

(*)ERP − Enterprise Resource Planning (Planejamento de Recursos Empresariais).

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Comentários   

 
Jose Carlos Zanetti
#1 ReforçoJose Carlos Zanetti 04-11-2012 22:07
Caro Santos
As urgencias do dia a dia muitas vezes nos desviam do foco nas rotinas de controles, e seus artigos sempre nos remetem a reavaliar estas posições.
Lembrando um pensamento de Aristóteles: "Somos o que fazemos repetidamente. Por isso o mérito não está na ação e sim no hábito.
Forte abraço
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